Quem sou eu

Manaus, Amazonas, Brazil
Este blog criado pelas acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Literatus - UNICEL: Charlene Freitas, Kerolaine Rodrigues, Milena Batista, Vanderléia Garrido e Imaculada Lima. Com a finalidade de transmitir informações sobre a Parasitologia, auxiliando areas como a Enfermagem propriamente dita, Ciências Biologicas, Biomedicina, Farmácia, enfim, que tenhamos trocas mutuas de conhecimentos. Esperamos que possam gostar e que de alguma forma auxilia-los.

sábado, 6 de outubro de 2012

MALÁRIA

   Malária é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical. Também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, o vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite.
   O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra pessoa.
    A Amazônia é a região do Brasil onde ocorrem 98% dos casos de malária. 

Tipos de parasita 
Existem mais de cem tipos de plasmódio, o parasita da malária. Dos que infectam o homem, quatro são os mais importantes: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. A doença provocada pelo vivax é a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.  

Ciclo do parasita
O plasmódio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulação sanguínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células hepáticas até que elas arrebentam. Então, eles se espalham no sangue e invadem os glóbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem também.
 
Transmissão
A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
 
Sintomas
Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
 
Diagnóstico e período de incubação
O período de incubação depende do tipo de malária, mas varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada.
Caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado áreas de risco, a possibilidade de ter contraído malária deve ser levada em consideração. Para confirmar o diagnóstico, existe um exame de lâmina, também chamado de gota espessa ou esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.
 
Tratamento
Não existe vacina contra a malaria, uma doença autolimitada, mas que pode levar à morte se não for tratada em determinados casos. O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feito por via oral e não deve ser interrompido para evitar o risco de recaídas.
O medicamento indicado para a malária vivax é bem tolerado e não provoca efeitos colaterais. O mesmo não acontece com os indicados para a malária falciparum, o que dificulta seu uso nesse caso.

Recomendações
* Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
* Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
* Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
* Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;
* Nunca se automedique.

Fonte: drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/malaria/
Amebíase

A Amebíase humana ocorre quando o protozoário Entamoeba histolytica é ingerido através de algum alimento contaminado. Ele fica no intestino grosso, de onde come (fagocita) o nosso alimento digerido, e também pode ocorrer de comer parte da parede intestinal, podendo atingir a corrente sanguínea e depois, ir para o cérebro e coração.
O E. histolytica toma a forma de um cisto quando está fora do corpo humano. No cisto, a ameba fica muito mais resistente, podendo viver durante anos dentro da água de rios, lagos, verduras, etc; Quando o homem os ingere novamente, o cisto se quebra liberando as amebas, fechando o ciclo.

Sintomas
Os sintomas da amebíase variam muito, indo desde diarréias agudas (e com sangue) até dores abdominais mais fracas.

Transmissão
- Alimentos e água infectados;
- Contatos sexuais anal-oral;

Prevenção
Manter a higiene é essencial para prevenir essa doença. Lavar as mãos após usar o banheiro, lavar muito bem as verduras, frutas, etc; Não utilizar excrementos animais como fertilizante nas lavouras, combater insetos que podem facilmente se contaminar, como moscas, baratas, ratos, etc;

Tratamento
Formas intestinais: Secnidazol – Adultos – 2g, em dose única. Crianças – 30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando máximo de 2g/dia. Deve ser evitado no 1º trimestre da gravidez e durante amamentação. 2º opção – Metronidazol, 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se 35mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias.
Formas graves: (Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extra-intestinal) -Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. 3ª opção – Tinidazol, 2g, VO, para adultos, após uma das refeições, durante 2 dias, para formas intestinais.


Fonte: (Http: www.saude.mg.gov.br)


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Giardíase

Caracterização:
Entreroparasitose, causada pelo protozoário Giardia lamblia.

Habitat:
Habita no duodeno

Formas do parasita:
- Cisto: Vive fora do intestino, 2 a 4 núcleos, forma infectante e muito resitente, membrana cisticas e estruturas parabasais.




- Trofozoito: Forma adulta, só vive dentro do intestino, 2 núcleos, 2 ventosas para grudar e sugar, 4 pares de flagelos.




Ciclo biologico:
Os cistos são ingeridos chegando ao duodeno perdem a parede cistica e transformam em trofozoitos, reproduzem-se assexuadamente por divisão binária em condições desfavoráveis a trofozoito retorna a forma cística, secretando a membrana que forma a parede do cisto.


Transmissão:
- Ingestão de água e alimentos contaminados.
- Aglomeração humana.
- Sexo anal-oral e entre outros...

Aspectos clinícos:
Em sua maioria é assintomática

Forma aguda:
- Em crianças: diarréia aquosa com esteatorréia, irritabilidade, insônia, naúseas, vômito...
- Em adultos: diarréia, cólicas, constipação, anorexia, naúseas, vômito, meteorismo...

Forma crônica:
- Pode durar meses
- Má absorção
- Esteatrorréia
- Perda de peso
- Trofozoítos formam barreiras mecânicas podendo causar úlceras

Diagnóstico:
Dentre vários pode-se citar um dos mais simples que é o exame parasitológico de fezes:
- Fezes liquefeitas: pesquisa de trofozoítos
- Fezes pastosas ou formadas: pesquisa cistos

Prevenção:
- Higienização adequada e proteção de alimentos, principalmente que ingeridos crús;
- Tratamento de água e saneamento básico;
- Educação sanitária e higiene pessoal;
- Fervura de água em 5 min para uso doméstico;
- Combate a insetos vetores, principalmente moscas e baratas;

Tratamento:
- Albendazol: dose única (repetir após 10 dias)
- Metronidazol: 1 comprimido 3x ao dia por 7 dias (repetir após 10 dias)
- Tinidazol: 1 comprimido 2x ao dia por 7 dias
- Secnidazol: dose única (repetir após 10 dias)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A trajetória da Parasitologia

     A ciência denominada Parasitologia surgiu por volta do século XIX juntamente com várias áreas da medicina principalmente a tropical. Essa ciência foi indicada inicialmente como um ramo da história natural, sendo construida com a descoberta e posterior descrição de vários agentes patogênicos responsavéis por alguns processos mórbidos. 
     No Brasil o histórico da parasitologia margeia o trajeto da medicina tropical com o constante embate entre os médicos da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e da Escola Tropicalista Baiana, não podendo deixar de citar renomados médicos parasitologistas brasileiros que fizeram toda diferença nesse campo são eles: Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. Uma relação entre a população humana, vetores e agentes etiológicos é sem sombra de dúvidas muito complexa, sendo a parasitologia que estuda os parasitas os mesmo obtém alimentos às expensas de seu hospedeiro, consumindo-lhe os tecidos e humores ou o conteúdo intestinal, sendo que o relacionamento do parasita com seu hospedeiro tem base nutricional não podendo lesar drasticamente o hospedeiro, evitando alterações comprometedoras, o que o hfaria perder o seu hospedeiro. O parasitismo ideal é aquele que não causa dano ao hospedeiro e, por conseguinte não provoca doenças. 
     Por volta de 1860, os fundamentos da ciência em questão foram estabelecidos e os parasitas se tornaram então os responsáveis por importantes doenças do homem e dos seus animais domésticos. As oportunidades de desenvolvimento da parasitologia aumentaram com a criação e o estabelecimento das escolas de medicina e hospitais nos trópicos, fato que só ocorreu no final do século XIX, a primeira escola de medicina tropical em clima temperado foi inaugurada em Liverpool em 1899. O estudo da parasitologia iniciou-se nos EUA em 1850 com Joseph Leidy este que ficou sozinho por aproximadamente 20 anos publicando entre vários a descrição do parasita Trichinella spirallis.
     Enquanto que no Brasil por volta de 1829 foi criada a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro que atraves de um programa se estendeu desde a a doção de medidas de higiene até a medicina geral passando pela educação física, enterro nas igrejas, denúncias de carências em hospitais etc..
    Oswaldo Cruz criou uma nova escola de medicina voltada para saúde pública, em 1902 ele assume a direção. O instituto chefiado por Oswaldo foi a única instituição sul-americana a participar do 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia realizado em Berlim em 1907.É importante ressaltar também o feito de grande importancia realizado por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, que descobriu uma nova doença em Lassance, interior de Minas Gerais, a tripanossomíase americana ou doença de Chagas.
     Enfim, dentre todo o histórico da parasitologia, nesse século as parasitoses deixaram de ser o "centro das atenções" dando lugar a doença do século Aids e entre outras, pois, não que todos os paises possuem uma estrutura (educação e saneamento básico) para sanar as parasitoses, porém, males piores tomaram seus lugares.

Referências:
- Barata RB 1997. Malária e seu controle. Funcraf-Editora Hucitec. São Paulo
- Bundy DAP 1995. Epidemiology and transmission of instestinal helminthes, pp. 5-24. In MJG Farthing, GT Keusch & D Walkelin (eds). Enteric infection 2